sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A parábola do porco espinho


Algumas pessoas têm tanto medo da vida que acabam consumidas pela asfixiante solidão. Uma pessoa assim não arrisca nada, ela prefere viver na “zona de conforto”, onde se sente segura, do que arriscar ser feliz. Tem medo de arriscar e fracassar, acreditando que ”mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Essas pessoas se esquecem de que “quem não arrisca não petisca”.

Desde pequenos, aprendemos que cair machuca e dói, então evitamos qualquer situação de risco. Acontece que não podemos viver afastados uns dos outros, com medo da dor que o outro pode nos causar. Algumas pessoas vão te machucar mesmo, mas a maioria delas poderá te fazer feliz.

Reflita um pouco, veja se você não está desperdiçando uma oportunidade de ser feliz por medo de se machucar. Muitas vezes, são nos relacionamentos improváveis que está a nossa felicidade. E então, está disposto a correr o risco?

É claro que não devemos ser imprudentes, impulsivos, ou inconseqüentes, avaliar o risco faz parte do nosso instinto de conservação. Tome atitudes refletidas, mas não deixe que o medo te bloqueie. Às vezes, correr riscos é necessário e saudável.

Quantas pessoas resolveram enfrentar seus medos, deram uma virada na vida, conquistaram saúde física e emocional, saíram da solidão e se abriram para a vida?

Quem se afasta das pessoas, compromete sua vida afetiva e social. Leia a parábola abaixo e reflita no que estou dizendo.


A Parábola dos Porcos-Espinhos

Baseado na obra do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788 - 1860)

Durante uma era glacial muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro, e todos juntos, bem unidos, aqueciam-se mutuamente naquele inverno tenebroso.

Porém, os espinhos de um começaram a ferir o outro, justamente o que estava mais próximo e fornecia mais calor, aquele calor vital, que para eles era questão de vida ou morte. Então, feridos e magoados, eles foram se afastando. Dispersaram-se por não suportarem por mais tempo os espinhos de seus semelhantes. Cada espetada doía muito.

Mas essa não foi a melhor solução. Afastados e separados eles logo começaram a morrer congelados. Pouco a pouco, os que não morreram, voltaram a se aproximar, com jeito, com precaução, de tal forma que, unidos, cada qual conservava certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, suportando-se um ao outro, sobreviveram, resistindo à longa era glacial.


Moral da história: O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com o outro, admirando suas qualidades e tolerando seus defeitos.


É muito bom compartilhar idéias com você, pode copiar a vontade, mas não esqueça de citar a fonte.

Um comentário:

Obrigada por comentar no meu blog, sua opinião é sempre bem vinda!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...