quinta-feira, 19 de abril de 2012

A luta do bem contra o mal


Sabe aquela cena tipica de desenho animado, onde o bem luta contra o mal na forma de um anjinho e um diabinho? O anjinho sopra coisas boas em um dos nossos ouvidos, enquanto o diabinho sopra coisas ruins no outro. Pois bem, hoje fui protagonista de uma cena como esta.


Eu gosto muito de comprar livros usados em sebos, os preços são melhores e sempre há livros interessantes, bem conservados, e até raros. Tento passar estes conceitos aos meus sobrinhos (não tenho filhos), na esperança de que eles desenvolvam o hábito da leitura e aprendam a dizer não ao consumismo.

Muito bem, estava eu no sebo, comprando livros para o meu sobrinho, quando uma senhora se aproximou do balcão perguntando por um livro espírita. O vendedor procurou no computador e respondeu que eles não tinham aquele livro.

Até aí, nada de mais. Acontece que eu tenho quatro livros iguais ao que a mulher procurava, comprei-os com a intenção de montar um grupo de estudos, mas meus planos mudaram e os livros ficaram encostados na minha estante. Tenho a intenção de vendê-los em algum sebo, mas até agora não tomei nenhuma providência.

Bem, diante desta incrível coincidência, meu intrometido espírito de colaboração disse à mulher que eu tinha o livro e poderia vende-lo. Com ar de desconfiada, a mulher esquivou-se do assunto dizendo que estava sem tempo. Terminei minha compra, despedi-me da mulher e fui embora.

Eu já havia atravessado as largas avenidas da Praça João Mendes, bem no centro de São Paulo, cheias de carros e pedestres por todos os lados, quando encontrei a mesma mulher entrando numa farmácia. Dei meu telefone a ela, para o caso dela se interessar pelo meu livro, e sai andando em direção ao escritório. Já tinha dado alguns passos quando o tal anjinho soprou no meu ouvido: - Não seja egoísta! O que você vai fazer com quatro livros iguais? Dê um livro a esta senhora.

Antes que eu pudesse me animar com a idéia, o diabinho discordou: - Está louca! Você não separou aqueles livros para vender no sebo? Pois então, eles podem lhe render algum dinheiro.

Continuei andando em direção ao escritório, mas o anjinho não desistiu: - O sebo paga tão pouco, e aquela senhora parece tão simples, certamente ela fará um ótimo uso do seu livro. Não seja egoísta! Volte lá e dê o livro a ela.

Não tive nem tempo de pensar e o diabinho entrou em ação: - É verdade que o sebo paga pouco, mas, e daí. Com a venda dos três livros você poderá comprar um livro que não leu ainda. Não seja boba, venda seus livros no sebo.

Pronto, o conflito estava formado dentro de mim. Fiquei parada na calçada sem saber o que fazer. De repente, num gesto rápido e decidido, dei meia volta e fui até a farmácia na esperança de encontrar a mulher. Ao vê-la na fila do caixa fiquei satisfeita, corri até ela e disse que decidira dar-lhe o livro. Ela abriu um grande sorriso e mostrou no semblante uma mistura de espanto e alegria.

Com o livro entre os dedos, Maria foi embora feliz, mas posso lhe garantir que a maior felicidade foi a minha, por ter vencido um dos meus instintos inferiores. O egoísmo é uma grande chaga da humanidade, boicota a aquisição de virtudes e retarda a nossa evolução.

Eu sei que a transformação moral leva tempo, é construída aos poucos, mas não podemos desistir desta nobre edificação, nem que seja para colocarmos um tijolinho de cada vez.



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domingo, 15 de abril de 2012

Conquista interior


Acredito que de tempos em tempos todo ser humano passa por crises existências. Este processo é próprio da nossa evolução, não há como deter o progresso. Quando questionamos nossas más atitudes, enxergamos nossos defeitos, e refletimos sobre nossos erros, conquistamos a oportunidade de lapidar o nosso caráter. É nessa hora que devemos nos perdoar e botar a mão na massa, pois a culpa e a fuga não edificam ninguém.

Você sabe como é que o diamante conquista o esplendor do seu brilho? Pois é, ele só pode revelar sua luz interior depois de passar pela “dor” da lapidação. Mesmo sendo machucada pelos golpes, a pedra bruta precisa passar por este processo de aperfeiçoamento para então revelar o melhor que há em sua natureza.

Nós somos como os diamantes, temos várias facetas carentes de lapidação. Os embates da vida são os instrumentos necessários a nossa lapidação, ou melhor, a nossa evolução. Só depois de vencermos as dores, a descrença, os vícios e o cansaço, seremos joias raras, prontas para brilhar no mundo. Confie no seu poder de superação, deixe sua luz interna resplandecer.

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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Estilos Literários

Você sabe a diferença entre prosa, poema e poesia? E entre conto, crônica e romance? Pois é, são tantos os estilos literários que a gente até se confunde. Quando resolvi participar do concurso literário promovido pelo blog "Um pouco de mim", me dei conta de que não sabia quase nada sobre estes estilos.

Como poderia escrever um conto, um poema, ou uma crônica, se eu não conhecia a estrutura de texto necessária a cada um deles? E o poema, precisa ter rima ou não? Que estilo literário eu deveria escolher? Bem, foram tantas as dúvidas que precisei pesquisar um bocado, e agora que aprendi um pouquinho compartilho aqui com você.

O que é prosa?
É um texto disposto em parágrafos, escrito em linhas contínuas. A prosa é o veículo natural das narrativas encontradas nos contos, nas crônicas e nos romances.

O que é poema?
É um texto disposto em versos, onde cada verso ocupa uma linha, seja com uma palavra ou segmento de palavras. O conjunto de versos chama-se estrofe, podendo ter rima ou não. Um soneto, por exemplo, é um poema que apresenta quatro estrofes, sendo dois quartetos (estrofes de quatro versos) e dois tercetos (estrofes de três versos). O poema é uma obra de ficção porque quem se expressa não é o autor, mas o “eu poético” do autor. No poema sempre há poesia.

O que é poesia?
É a emoção transmitida em uma obra. O professor Ricardo Sérgio explica isto muito bem, ele diz que "se usarmos uma flor para exemplificar esta definição, podemos dizer que a parte física da flor (caule, folhas e flor) é o poema, e o perfume que exala da flor é a poesia". O poema refere-se à forma ou estrutura do texto, enquanto a poesia refere-se ao conteúdo. A poesia tem um caráter imaterial e transcendente, podendo ser encontrada em diversas manifestações artísticas, como a pintura, a música, a dança, etc. A poesia pode estar presente também num texto em prosa.

O que é crônica?
É um texto curto e leve, que se utiliza de personagens tipo para relatar assuntos corriqueiros do cotidiano. Os acontecimentos diários constituem a base da crônica. O tom de protesto ou argumentação, além da crítica, ironia e humor, sempre estão presentes numa crônica. A crônica é diferente do texto informativo porque contem a opinião pessoal do autor sem buscar a exatidão da informação, podendo até conter elementos de ficção. Geralmente a crônica trata de um tema da atualidade, variando em torno de uma realidade social, cultural ou política, sempre expresso de forma original e individual. É por isso que vários autores podem falar sobre um mesmo tema de forma completamente diferente, tudo depende da ótica do autor. O cronista expõe a sua forma pessoal de compreender o mundo, e faz isto numa linguagem simples e espontânea, quase oral, possibilitando ao leitor se identificar com o autor. Em geral, os personagens de uma crônica não têm nomes definidos: é o garoto, a moça, o carteiro, a velha, o soldado, etc. O objetivo da crônica não é informar, mas emocionar o leitor, fazê-lo refletir, por isso não há um desfecho.

O que é conto?
É uma obra de ficção de pequena extensão, escrita em linguagem simples, direta e dinâmica. Seus ancestrais são a lenda, a parábola e o conto de fadas. Geralmente o conto tem um só conflito, girando em torno de um único personagem, responsável pelo âmago da estória. Embora a narração apareça em quantidade bem reduzida, o diálogo é a base expressiva do conto. A descrição de ambientes e personagens deve ser evitada, já que a grande característica do conto está na sua forma enxuta e concisa. O conto deve ser enigmático e surpreender o leitor.

O que é romance?
É uma obra de ficção longa e complexa, com vários personagens, permitindo ao leitor se aprofundar na trama e conhecer bem cada personagem. A personalidade e características de cada personagem, principalmente dos protagonistas, são descritas de forma tão minuciosa, que ao final do romance nos sentimos quase íntimos deles. As histórias secundárias são necessárias para compor a elaborada trama de um romance, por isso a quantidade de personagens é bem grande e os cenários são bem variados. Este é um gênero tipicamente narrativo, assim como a novela e o conto. O romance não é, necessariamente, uma história de amor, ele não precisa contar a história de um casal apaixonado. Há romances em que o enredo é uma aventura, ou um drama, um suspense, uma comédia, etc.

O que é cordel?

Os cordéis são poemas e histórias rimadas, escritos em livretos com poucas páginas, vendidos pelo próprio autor em feiras populares. Ganhou o nome de cordel pelo modo em que eram comercializados: pendurados em barbantes ou cordas formando um varal. No Brasil, a literatura de cordel tem suas raízes na cultura nordestina, mas o costume de vender os livretos pendurados em barbantes veio de Portugal, e destinava-se a aumentar a renda dos seus autores. Geralmente os folhetos de cordel são ilustrados em branco e preto, com a técnica da xilogravura (desenhos carimbados por meio de um molde de madeira). A linguagem usada no cordel é informal, despreocupada, e bem regionalista, por isso nem sempre foi respeitada. Hoje, o cordel é tão respeitado e valorizado, que conta com a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, localizada no Rio de Janeiro.


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Agora que eu e você já conhecemos um pouquinho mais sobre estilos literários, vamos empunhar uma caneta e escrever um texto bacana para o concurso literário? Bem, eu estou super animada, e mesmo que o meu texto não seja selecionado para a publicação do livro a ser editado pelos organizadores do concurso, em breve irei publicá-lo aqui.


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domingo, 8 de abril de 2012

Domingo de Páscoa

O Domingo de Páscoa é uma data muito importante para os cristãos, pois celebra a ressurreição de Jesus Cristo, ocorrida três dias depois da sua crucificação. A data foi determinada pelo Concílio de Nicéia, 325 anos depois da morte de Jesus, e é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do outono (isso no caso do hemisfério sul).

Assim como outras festas religiosas, esta é uma comemoração que não tem data fixa para acontecer. O uso da lua para determinar a data da Páscoa teve origem no calendário Judeu, que comemorava a Páscoa para relembrar a libertação do seu povo da escravidão no Egito. 

Embora com significados diferentes, a páscoa é comemorada por cristãos e judeus, e vai muito além do frenético consumo de ovos de chocolate. Por isso peço licença para apresentar aqui a homenagem em forma de verso que fiz a Jesus, o mestre querido, exemplo maior a ser seguido.

Convite amigo

Vem meu amigo
Vem meu irmão
Cantar com alegria
E abrir seu coração

Todos os dias
Você vai aprender
Que sem Jesus Cristo
Não dá para viver

Esqueça a tristeza
Comece a trabalhar
Ajude quem precisa
Que Deus vai te ajudar

Faça uma prece
À Deus o criador
Com fé agradeça
Tanta ajuda e tanto amor
Vem!






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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Outono com cara de inverno

Faz mais de uma semana que o outono paulistano está com cara de inverno. As temperaturas despencaram, e junto com elas a minha saúde. Há quem goste mais do inverno, quem diga que esta é a estação mais romântica e elegante do ano, mas eu gosto mesmo é do verão, quando o astro sol reina absoluto.

No inverno eu fico frágil, minha renite alérgica teima em se manifestar, a gripe e o resfriado provocam inevitáveis dores de ouvido e garganta, e as câimbras noturnas são quase insuportáveis, mesmo comendo bananas e usando meias de lã. Definitivamente esta é a pior estação do ano para mim. São três longos meses em que eu troco a vivacidade e a alegria dos dias quentes, pelo recolhimento e desconforto dos dias frios.

Concordo que no inverno as pessoas ficam mais elegantes, principalmente nas ruas de São Paulo, onde muitos são vistos com botas quentinhas e casacos maravilhosos. Os cachecóis, luvas e gorros completam o visual e ajudam a proteger do frio, mas para algumas pessoas esta badalada elegância não faz muita diferença. Ainda que um casaco se faça necessário, muitos preferem o tradicional estilo básico: jeans, tênis e camiseta. Confesso que me sinto muito mais confortável com jeans, tênis e camiseta, e conforto pra mim é tudo.

O inverno só é bonito nos comerciais de televisão, onde pessoas apaixonadas degustam vinhos saborosos, ao som de um elegante piano, com neve branquinha na paisagem de fundo. Aliás, as paisagens de inverno são lindas!

E as paisagens de outono? Estas merecem ser lembradas, pois tem um charme todo especial. As árvores ganham tons deslumbrantes, suas folhas mesclam as cores amarelo, laranja e vermelho. As folhas secas caem pelo chão. É lindo! Mas gostar eu gosto mesmo é do verão. Adoro ver as pessoas mais alegres, radiantes e comunicativas.

O Brasil tem a cara do verão! Bom humor, sol, praia e alegria. Isso merece um brinde com cerveja gelada, bem gelada. Eu gosto tanto do verão que fiz uma homenagem especial ao sol, contando o quanto ele aquece minha alma e enche minha vida de alegria. Clique aqui e confira.

Mas... Voltando ao outono/inverno, devo falar que o friozinho desta semana me derrubou mesmo, só não fiquei de cama porque trabalhar é preciso...risos. Mesmo assim estou aqui, toda congestionada, as voltas com comprimidos, vitaminas C e muitos lenços de papel. E olha que o inverno nem começou!




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