quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Há amor em mim

Vivemos numa época em que a liberdade de expressão nos permite revelar nossos mais secretos pensamentos. Falamos sobre nossos pontos de vista, nossas crenças, nossas idéias, e até nossos sonhos. Mas será que falamos sobre nossos sentimentos?

Falar de amor só é fácil nos comerciais de televisão: “amo muito tudo isso” (Mc Donald’s). Hoje em dia, o amor está tão banalizado que não sai da boca do povo: “amo bolo de chocolate”, “amei o seu vestido”, “amo cheiro de café”, “amei o filme de ontem”, e por aí vai. Melhor seria se ao invés da boca o amor estivesse no coração das pessoas.

A impressão que eu tenho é que o amor, de tão grandioso, não cabe dentro de um texto, mas o amor que há em mim sempre encontra uma forma de expressão, seja num abraço, num sorriso, ou nas palavras que escrevo aqui.

O melhor do amor é que quanto mais à gente dá mais ele aumenta, e são tantas as formas de amor que é quase impossível não experimentá-lo. Eu, por exemplo, conheço o amor de filha, amor de mãe, amor de amigo, amor de irmão, amor de amante, amor a Deus, mas tem um tipo de amor que eu não conhecia. Vou lhe contar a história deste novo amor.

Nasci nos anos 60, numa cidadezinha do interior, numa casa de quintal enorme, cheio de flores, árvores e animais. Eu e meus irmãos tivemos uma infância maravilhosa. Brincávamos muito, chupávamos fruta no pé, e criávamos coelhos, codornas, passarinhos, jabutis, galinhas e cachorros.

Sempre tivemos dois cachorros, se morria um chegava outro, mas eu nunca me apeguei a nenhum. Cachorro lá em casa só servia para cuidar do quintal e zelar pelo nosso patrimônio. Eu nem sabia que era possível amar um cachorro como se ama um amigo. E assim eu cresci, mantendo distância afetiva dos cachorros do quintal, até que a Kika entrou na minha vida.

Eu trabalho em São Paulo e moro a 150 Km da capital. Todos os dias eu uso um ônibus fretado para fazer o percurso entre minha casa e o trabalho. Desde que sai da casa dos meus pais, há 25 anos, nunca mais tive animais.

Em fevereiro de 2011 uma cachorrinha preta, vira-latas, começou a entrar na minha varanda. Ela era tão pequena e magrinha, que passava pelas grades do portão. Eu tocava a bichinha, ela saia correndo e desaparecia. No dia seguinte eu acordava bem cedo para ir trabalhar e lá estava ela, dormindo na minha varanda. Eu não tinha a menor intenção de ter um cachorro e tocava ela de novo. De repente lá vinha ela, com um olharzinho comprido, deitava do meu lado na calçada e ficava até o ônibus chegar.

Comecei a dar água e comida para ela, afinal meu coração não é de pedra, mas adotá-la jamais. Durante o dia eu ficava tão absorvida no trabalho que nem lembrava da sua existência, mas à noite, quando chegava em casa, ela estava lá. Parece até que ela sabia a hora certinha de eu chegar, e vinha encontrar comigo pulando e abanando o rabinho.

Os vizinhos diziam que ela ficava o dia inteiro me esperando. Aquilo me comoveu, mas aí eu pensava: “Não posso ter um cachorro, eu moro sozinha, trabalho o dia inteiro, como iria cuidar dela? Além do mais, eu morro de medo de cachorro, nunca vou ter coragem de por a mão nela.”

O tempo foi passando e ela me esperava todos os dias no ponto de ônibus, e continuava dormindo na minha varanda. Até que um dia eu liguei para o meu irmão e levamos a cachorrinha ao veterinário. Ela foi castrada, tomou todas as vacinas, fez um chekup, tomou banho, e voltou para casa cheirosa, com caminha, casinha, brinquedos, ração e lacinhos na cabeça.

Ganhou o nome de Kika e mudou a minha rotina. Hoje eu chego em casa super cansada e vou limpar cocô no quintal, trocar água da vasilha, dar ração, biscoitinhos, e brincar de jogar bolinhas de borracha. Ela adora brincar.

Aos poucos ela foi me conquistando. Hoje ela dorme dentro de casa e recebe muito carinho. O Thomas, meu sobrinho de 3 anos, é louco por ela. Quando estou no computador, ela deita no meu colo e me olha com olhinhos expressivos. É impossível não amar um animalzinho tão doce.

A Kika deu novo sentido a minha vida, e parece entender quando eu converso com ela, tamanha a sensibilidade com que reage aos meus carinhos. Mas não pense você que ela é apenas doce, ela também é muito sapeca. Eu a chamo de “espiruqueta” porque ela tem muita energia e brinca como criança.

Agradeço a Deus a oportunidade de aprender a amar os animais. Hoje, este amor incondicional que eu não conhecia, me enche de alegria. Adote um cãozinho também, eu posso lhe garantir que será muito gratificante.

Veja nas fotos abaixo como a Kika está feliz.

     

Nota:
Escrevi este texto para participar da festa dos 3 anos do blog "Um pouco de mim."
A Elaine é uma pessoa muito sensível, e quis comemorar o aniversário do seu blog falando de amor. Ela criou um concurso com o tema "Há amor em mim." Eu gostei tanto da idéia, que reslovi participar.



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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

A parábola do porco espinho


Algumas pessoas têm tanto medo da vida que acabam consumidas pela asfixiante solidão. Uma pessoa assim não arrisca nada, ela prefere viver na “zona de conforto”, onde se sente segura, do que arriscar ser feliz. Tem medo de arriscar e fracassar, acreditando que ”mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Essas pessoas se esquecem de que “quem não arrisca não petisca”.

Desde pequenos, aprendemos que cair machuca e dói, então evitamos qualquer situação de risco. Acontece que não podemos viver afastados uns dos outros, com medo da dor que o outro pode nos causar. Algumas pessoas vão te machucar mesmo, mas a maioria delas poderá te fazer feliz.

Reflita um pouco, veja se você não está desperdiçando uma oportunidade de ser feliz por medo de se machucar. Muitas vezes, são nos relacionamentos improváveis que está a nossa felicidade. E então, está disposto a correr o risco?

É claro que não devemos ser imprudentes, impulsivos, ou inconseqüentes, avaliar o risco faz parte do nosso instinto de conservação. Tome atitudes refletidas, mas não deixe que o medo te bloqueie. Às vezes, correr riscos é necessário e saudável.

Quantas pessoas resolveram enfrentar seus medos, deram uma virada na vida, conquistaram saúde física e emocional, saíram da solidão e se abriram para a vida?

Quem se afasta das pessoas, compromete sua vida afetiva e social. Leia a parábola abaixo e reflita no que estou dizendo.


A Parábola dos Porcos-Espinhos

Baseado na obra do filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788 - 1860)

Durante uma era glacial muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram por não se adaptarem às condições do clima hostil.

Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, a juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro, e todos juntos, bem unidos, aqueciam-se mutuamente naquele inverno tenebroso.

Porém, os espinhos de um começaram a ferir o outro, justamente o que estava mais próximo e fornecia mais calor, aquele calor vital, que para eles era questão de vida ou morte. Então, feridos e magoados, eles foram se afastando. Dispersaram-se por não suportarem por mais tempo os espinhos de seus semelhantes. Cada espetada doía muito.

Mas essa não foi a melhor solução. Afastados e separados eles logo começaram a morrer congelados. Pouco a pouco, os que não morreram, voltaram a se aproximar, com jeito, com precaução, de tal forma que, unidos, cada qual conservava certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos recíprocos. Assim, suportando-se um ao outro, sobreviveram, resistindo à longa era glacial.


Moral da história: O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com o outro, admirando suas qualidades e tolerando seus defeitos.


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domingo, 18 de setembro de 2011

Essa tal felicidade



Nós, seres humanos, somos movidos à esperança, e talvez a maior delas seja a esperança de sermos felizes. Quem não quer ser feliz?!

Seja qual for sua crença, sua origem, ou seus projetos de vida, a felicidade é sem dúvida a sua grande meta, mesmo que você não tenha consciência disto.

A felicidade é fim, e todas as nossas ações são meio.

Somos criaturas Divinas, criadas por Deus, simples e ignorantes, cujo destino é a perfeição e a felicidade. A conquista desta meta se dá através da evolução moral e da aquisição gradativa de valores mais elevados. Quanto mais evoluída a criatura, mais próxima está da verdadeira felicidade, aquela anunciada por Jesus há dois mil anos: “A felicidade não é deste mundo”. O que será que Jesus quis dizer com isto? Será que Ele queria jogar um balde de água fria sobre nossas esperanças?

Confesso que demorei muitos anos para compreender esta máxima de Jesus. Hoje eu sei que a felicidade ensinada pelo Mestre é aquela que não depende de valores externos nem valores alheios, esta felicidade depende apenas da conquista individual de cada ser humano. Esta é a felicidade que o tempo não apaga, a ferrugem não corrói, a traça não destrói, e nem mesmo os ladrões podem roubar.

Para nós, seres ainda em evolução, a felicidade se manifesta de formas bem diferentes. Eu, por exemplo, sou feliz quando tenho paz interior, quando estou afinada com a minha consciência, quando amo e sou amada, quando estou bem de saúde, quando conquisto bons amigos, quando saboreio uma comida gostosa, e quando vejo minha família unida, feliz e saudável.

E você, o que te faz feliz de verdade? Que tipo de felicidade encabeça a sua lista de prioridades?

A busca pela felicidade é tão predominante em nossas vidas que até esquecemos o quanto ela ainda é efêmera. Mas isto não importa, o que todos nós queremos é que a felicidade não nos deixe jamais.


Que saibamos, então, conquistar a tão sonhada felicidade!
Que sejamos, enfim, felizes!



Conheça o que outras pessoas pensam sobre a felicidade

Fonte: Internet


  • “Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.” (Mário Quintana)

  • "Felicidade é a certeza de que nossa vida não está se passando inutilmente" (Érico Veríssimo)

  • "Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho." (Mahatma Gandhi)

  • “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade.” (Carlos Drummond de Andrade)

  • "Recomende aos seus filhos moralidade; somente isso, e não dinheiro poderá fazê-los felizes." (Beethoven)

  • "A melhor maneira de ser feliz é contribuir para a felicidade dos outros" (Confucio)

  • "A felicidade é uma estação intermédia entre a carência e o excesso." (Henrik Ibsen)

  • "A felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido" (MarxwellMaltz)

  • "A felicidade depende das qualidades próprias do indivíduo e não do estado material do meio em que se encontra." (Allan Kardec)

  • "A verdadeira felicidade custa pouco; quando é cara não é de boa qualidade." (René de Chateaubriand)

  • “Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria.” (Khalil Gibran)

  • "A felicidade não é um destino. É um método de vida." (Burton Hills)

  • “Uma alegria tumultuosa anuncia uma felicidade medíocre e breve.” (Plutarco)

  • "Em vão procuraremos a verdadeira felicidade fora de nós se não possuirmos a sua fonte dentro de nós" (Marquês de Maricá)

  • "A suprema felicidade da vida é a convicção de ser amado por aquilo que você é, ou melhor, apesar daquilo que você é." (Victor Hugo)

  • "A felicidade e a saúde são incompatíveis com a ociosidade." (Epicteto)

  • "A faculdade de granjear amizades é de longe a mais eminente entre todas aquelas que contribuem para a sabedoria da felicidade." (Epicuro)

  • "A felicidade não está completa até que seja compartilhada." (Jane Porter)

  • "Como a senhora explicaria a um menino o que é felicidade? Não explicaria, daria uma bola para que ele jogasse." (Dorothee Sölle)

  • "A felicidade é a fruta final e perfeita da obediência às leis da vida." (Helen Keller)

  • "É preciso querer ser feliz e contribuir para isso. Se ficarmos na posição do espectador impassível, deixando para a felicidade apenas a entrada livre e as portas abertas, será a tristeza que entrará." (Émile-Auguste Chartier)

  • "A esperança é um empréstimo que se pede à felicidade." (Joseph Joubert)

  • "A felicidade é como a saúde: se não sentes a falta dela, significa que ela existe." (Ivan Turgenev)

  • "Sucesso não é a chave a felicidade. A felicidade é que é a chave do êxito." (Herman Cain)

  • "A ação nem sempre traz felicidade, mas não há felicidade sem ação." (Benjamin Disraeli)

  • "O segredo da felicidade é amar o dever e fazer dele um prazer." (Dash)


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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O idoso merece respeito














Será que estamos educando mal nossas crianças? Ou será que não estamos transmitindo a elas valores como respeito e cidadania?

Hoje eu presenciei uma cena que se repete todos os dias no metrô de São Paulo: O descaso dos jovens diante dos idosos.

Eu tenho 47 anos, sou uma mulher de meia idade, mas sou incapaz de ficar sentada num ônibus ou Metrô se tiver um idoso em pé. Por mais cansada que eu esteja, sempre dou lugar aos mais velhos, e espero que aconteça o mesmo, quando meu pai, que tem 80 anos, pegar um Metrô. Os jovens de hoje não se preocupam com isso, enfiam seus fones de ouvido, mergulham no egoísmo dos seus mundos, e não percebem mais nada ao seu redor. Será que eles não sabem que um dia serão idosos também? Isto é, se Deus lhes conceder esta abençoada oportunidade.

Minha avó usava uma frase muito oportuna para estas ocasiões. Com muita propriedade e sabedoria ela dizia: “Para lá nós iremos.”

Pois é minha gente, o jovem forte, esperto e descolado de hoje, será o idoso frágil, lento e cansado de amanhã. Certamente, quando este dia chegar, esta rapaziada vai querer reivindicar seus direitos de idoso. Talvez não se lembrem que, se temos direitos, também temos deveres.

E o que nós, pessoas conscientes, podemos fazer neste caso? Podemos ensinar as nossas crianças que respeito é fundamental. Podemos ensiná-las que o mais forte deve proteger e respeitar o mais fraco, sempre, em qualquer situação, mesmo que não seja um membro da nossa família.

Vamos ensinar a nossas crianças o valor que tem uma “cabecinha branca”. Vamos dizer a elas que os velhinhos de hoje, tenham cabelos brancos ou não, representam a experiência e a luta de uma vida toda dedicada a seus filhos e netos, jovens que muitas vezes os desprezam.

Quem, dentro de casa, trata os pais e avós com carinho e respeito, certamente saberá como tratar os velhinhos que encontrar pelas ruas.

Quando você andar de Metrô, incentive os jovens a dar lugar aos mais velhos. Ensine a eles que além dos assentos reservados por lei, os outros assentos também podem ser destinados aos idosos, desde que o nosso senso de amor e respeito privilegie a condição da sua idade avançada.

É claro que nem todos os jovens são indiferentes aos idosos, muitos deles têm sensibilidade e colocam em prática os valores morais já aprendidos. Parabéns a estes jovens que dão bons exemplos e sabem que gentileza atrai gentileza, e respeito gera respeito.

A sociedade de hoje não valoriza as rugas na face daqueles que enriqueceram nossas vidas com suas experiências. Hoje em dia muitos idosos são abandonados, ignorados ou tratados como um peso morto. Muitas pessoas ainda não se deram conta de que a juventude é maravilhosa, mas é terrivelmente passageira.

Não trate os idosos como pessoas inúteis e descartáveis. Trate-os com o mesmo carinho e consideração que você gostaria de ser tratado.

E agora aceite o meu abraço, com o carinho e respeito que eu devo a você, que compartilhou destas minhas reflexões.


“A velhice é bela e carrega em seus cabelos brancos a força e sabedoria de muitas experiências vividas.” (José Marques)



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domingo, 11 de setembro de 2011

Um pouco de história


É muito bom olhar para trás e perceber o quanto já caminhei. Melhor ainda é saber que a caminhada continua e eu não pretendo deixar a peteca cair.

Terminei a faculdade aos 22 anos e fui morar em São Paulo, sozinha. Eu não tinha emprego, não conhecia a cidade, não tinha amigos e nem moradia, mas tinha a garra necessária para batalhar pelas minhas conquistas. No começo eu me sentia muito perdida. Esta cidade mais parecia um mar de prédios, de carros, de pessoas... Sentia tanta saudade da minha mãe que às vezes, de dentro do ônibus, eu a via passar no meio da multidão. Pura ilusão da minha cabecinha triste e doente. Nesta época eu chorava quase todos os dias.

Mas o que será que eu quero dizer com tudo isso? Quero dizer que sem esforço, sem renuncia e sem determinação, não conseguiremos ir muito longe. Alguns até vão, principalmente se nasceram “em berço de ouro”, mas este não é o meu caso, e agradeço a Deus por isto, pois os problemas e as dificuldades me deixaram mais forte, mais madura e mais preparada para a vida.

Sei que no futuro vamos colher exatamente o que plantarmos hoje, por isso nossas atitudes e até nossos pensamentos precisam ser bem direcionados. O planeta Terra é escola e oficina, estamos aqui trabalhando pela nossa evolução, e isto exige esforço, coragem, dedicação e amor.

Sofri muito em São Paulo, durante anos o dinheiro era pouco e eu só andava de ônibus. Morei numa pensão com mais 20 meninas, sendo 3 em cada quarto. Eu nunca ia a restaurantes caros ou lugares badalados. Fiquei desempregada várias vezes, e corria atrás do emprego de maneira incansável, pois precisava construir meu futuro e dar conta da minha própria vida. Andei muito, peguei muitos ônibus, entreguei muitos currículuns, fiz muitas entrevistas, recebi muitos NÃOs, recortei muitos anúncios de emprego no jornal, procurei muitos cursos gratuitos ou semi-gratuitos para aumentar minhas chances no mercado de trabalho. Hoje tenho meu apartamento, meu carro, meu emprego, e algumas outras regalias... Inclusive este computador que adoro... risos.

É claro que nem tudo é perfeito, eu preferia mesmo era estar ao lado da minha família, convivendo e compartilhando com eles todos os momentos da minha vida. Minha família sempre foi meu porto seguro, recebi muito amor, muito apoio, muita ajuda financeira, e recebi o mais importante: boa formação moral.

Minha história é fruto do caminho que eu consegui trilhar, que poderia ter sido melhor ou pior. Como saber?? Eu poderia ter feito outras escolhas, rumado em outras direções, mas fiz o melhor que pude naquela época, sempre tentando acertar, pensando estar fazendo o melhor para mim. Com certeza devo ter cometido muitos erros, mas todos eles foram necessários ao meu aprendizado.

Em São Paulo amadureci e acumulei experiência de vida. Algumas felizes, outras nem tanto. Procurei fazer da vida uma viagem produtiva, aprendendo com os erros e vendo nos acertos o resultado da lição aprendida. Acredito na lei do retorno, e sei que a vida sempre me dará tudo de bom ou de ruim que eu der a ela.

Ah! Lembrei-me de uma mensagem que li certa vez e gostaria de compartilhar com você:

Não se deixe abater pela tristeza. Todas as dores terminam. Aguarde que o Tempo, com suas mãos cheias de bálsamo, traga o alívio. A ação do Tempo é infalível, e nos guia suavemente pelo caminho certo, aliviando nossas dores, assim como a brisa leve abranda o calor do verão. Mais depressa do que supõe, você terá a resposta, na consolação de que necessita.”
(Minutos de Sabedoria – Carlos Torre Pastorino)

Um grande beijo, com alegria e esperança.
Dilti

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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Eu dou preferência à vida


R. Senador Feijó x R. Quintino Bocaiuva - Centro - São Paulo/SP

Você tem consciência de que ser pedestre numa cidade como São Paulo, onde o índice de motorização já passa 1,6 pontos, é viver em constante risco de morte? O índice de motorização é o resultado do número de habitantes dividido pela frota de veículos de uma cidade.

No caso de São Paulo são quase 7 milhões de veículos para aproximadamente 12 milhões de habitantes, e estes números não param de crescer. Todos os meses o número de habitantes aumenta e a frota de veículos também, pois as montadoras não param de fabricar e as pessoas não param de consumir.

Somado a estes números exorbitantes, está a falta de respeito da maioria dos motoristas, que costuma aplicar no trânsito a lei do mais forte. Todo mundo sabe que num acidente de trânsito o motoqueiro fica mais exposto do que o condutor de um veículo, pois ele não tem a lataria do carro para diminuir o impacto. Agora imagina o que acontece com um pedestre que só pode contar com a roupa do corpo para se proteger?

Em cruzamentos não semaforizados os pedestres precisam esperar uma “brecha” para atravessar a rua, e nem sempre conseguem fazer a travessia com segurança.

Dados divulgados pela CET/SP confirmam que em São Paulo, todos os dias morrem em média 4 pessoas em acidentes de trânsito. Destas mortes, duas são de pedestres que morrem atropelados. Esta é a realidade que a Companhia de Engenharia de Tráfego pretende mudar.

Numa tentativa de preservar a vida, a prefeitura de São Paulo adotou o exemplo de Brasília, em que basta o pedestre levantar um dos braços, enquanto atravessa na faixa de pedestre, para que o motorista pare o carro e aguarde a sua travessia. Este movimento, conhecido como “gesto do pedestre”, serve para deixar claro ao motorista e intenção do pedestre em atravessar. Ou por vergonha ou por insegurança, nem sempre este gesto está sendo utilizado. Muitos pedestres não acreditam na eficácia do gesto, outros têm medo de parecerem ridículos no meio da rua.

Independente do gesto, o condutor tem que dar prioridade ao pedestre, e segundo a CET, nos casos em que houver esse braço estendido, a caracterização da infração fica muito mais fácil.

Com objetivo de conscientizar motoristas e pedestres, a campanha em São Paulo começou em maio de 2011, onde orientadores de tráfego, posicionados nos principais cruzamentos do centro da cidade, seguravam enormes placas no formato de “mãozinhas”.

Nós sabemos que mudanças de comportamento levam tempo para acontecer, mas também sabemos que os bons resultados compensam a espera. Qual brasileiro nunca ouviu dizer que nos países do primeiro mundo, basta o pedestre colocar os pés na rua para o motorista parar? Será que isto é um milagre? Não caros leitores, isto é educação, e certamente nós chegaremos lá, basta vontade e atitude.

A cultura do respeito só vai crescer com o passar dos anos, assim como aconteceu com o uso obrigatório do cinto de segurança.

O Programa de Proteção ao Pedestre está sendo divulgado por diversos meios, nos encartes publicitários e nas mensagens colocadas em boletos do IPTU e da Comgás, mas o desrespeito ao pedestre ainda é muito grande.

As multas tiveram início em 08/08/2011, após 3 meses de campanha de conscientização, e na primeira semana de fiscalização foram registradas 2.270 autuações, só no centro de São Paulo. Isto porque os agentes da CET foram treinados e orientados a aplicar a multa somente quando a infração for inquestionável, na dúvida eles não multam.

Nós, motoristas, não podemos esquecer de que, por mais que usemos nossos carros, em algum momento do dia estaremos na posição de pedestres. Sem contar a situação dos nossos filhos, netos, pais e avós, que acabam sendo os pedestres não respeitados pelos “outros” motoristas.

Eu já presenciei motoristas estressados, no centro de São Paulo, buzinando atrás do outro motorista que parou para o pedestre atravessar. Queria saber a reação do estressado (e mal educado), se o pedestre em questão fosse a mãe dele.

Todos têm que fazer a sua parte, inclusive os pedestres, que só devem atravessar a rua nos locais sinalizados com a faixa de pedestre.

Já que atitudes não mudam da noite para o dia, o primeiro passo é mesmo a conscientização. Sejamos mais conscientes, vamos respeitar as leis de trânsito, não por que temos medo de levar multas, mas porque queremos preservar a vida, inclusive as nossas.

Dê preferência ao pedestre! Mais do que uma atitude de cidadania, este é um ato de respeito à vida. Somente assim poderemos diminuir a violência no trânsito e salvar vidas!

“Não espere perder um amigo para mudar a sua atitude no trânsito”. (campanha encabeçada pelo movimento Viva Vitão)








Leia mais sobre o assunto no site da CET/SP, clique aqui.



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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Eu prefiro a verdade



Dizem que quando estamos desencarnados, dependendo do nosso estágio evolutivo, não precisamos falar ao outro o que pensamos ou sentimos, pois esta comunicação é instantânea. Imagino que nesta situação fica impossível esconder ou até mesmo omitir a verdade, seja qual for o motivo que arrumemos para justificar sua ausência em nossas vidas.

Faltar com a verdade, mesmo que seja por uma causa nobre, sempre me incomodou, e agora incomoda muito mais, já que a minha proposta de transformação começa com o desafio de amar as pessoas que convivem comigo.

Como posso amar uma pessoa e não ser totalmente sincera com ela? Que raio de confiança estarei construindo com esta pessoa?

Se eu faltar com a verdade, seja lá com quem for, estarei boicotando os sentimentos nobres que eu já conquistei.

Há quem diga que em algumas circunstâncias esconder a verdade é uma questão de estratégia, mas para mim, é preferível mudar a estratégia e criar condições para que não seja necessário faltar com a verdade. Desta forma me sinto mais coerente com a minha proposta de transformação interna.

Em meu peito há uma “bússola” sinalizando minhas atitudes inadequadas. Esta bússola é acionada pelo desconforto e o incomodo causados por minhas escolhas erradas, e me faz lembrar de que sempre é possível voltar atrás e escolher um novo caminho, pois se é verdade que não podemos mudar o início, também é verdade que sempre poderemos mudar o final.

Que nossos passos vejam firmes, e que nossos caminhos sejam construídos sobre a sólida base da verdade!


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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Transformação Moral



Há muitos anos venho trabalhando na minha reforma íntima. Isto porque acredito na necessidade da nossa evolução moral e crescimento espiritual. Já percebo boas mudanças em mim, isto é bom, pois sinto-me no auge da minha transformação.

Quando alguém está disposto a mudar, a buscar um ser humano melhor dentro de si, e caminha verdadeiramente nesta direção, a transformação moral é inevitável. Este processo é muito longo, ninguém muda de um dia para o outro, mas chega o dia em que você percebe que seus interesses mudaram, seus valores mudaram, seus desejos e pensamentos também mudaram.

Isto significa que você está evoluindo, está vencendo seus vícios, reciclando seus valores, abandonando comportamentos inferiores e adquirindo virtudes.

Maravilhoso, não é? Mas aí seu mundo fica meio vazio... Você precisa mudar seus hábitos porque os seus programas favoritos, seus lugares favoritos e suas “baladas” favoritas já não fazem mais sentido. Alguns amigos já não servem mais para você.

Nunca fui chegada a baladas, a lugares barulhentos e desregrados, a assuntos fúteis e relacionamentos superficiais, mas este universo fez parte da minha juventude. Com o tempo, fui conquistando um pouquinho de maturidade espiritual e não conseguia mais fazer este tipo de programa. O resultado disto foi que perdi muitos amigos. As pessoas se relacionam atraídas pela lei da afinidade, e sem afinidade não há relação.

Na verdade, perdi os amigos que adoravam tomar uma cervejinha no boteco da esquina anestesiando suas consciências; os que adoravam fumar um cigarrinho de maconha trocando seus problemas por falsas e fabricadas alegrias; os que adoravam freqüentar baladas alucinantes e curtir a vida a qualquer preço, ávidos por prazeres fáceis e momentâneos.

Não me identifico mais com pessoas que valorizam mais os prazeres mundanos do que os valores da alma. Preciso de amigos sim, mas daqueles que preferem os programas saudáveis porque alimentam a alma, porque têm conteúdo e edificam a vida. Daqueles que se divertem sim, porque sabem que a vida tem que ser alegre, leve e colorida, mas optam pela alegria saudável e não pela alegria comprometedora.

cerca de quatro anos, quando este processo ficou forte dentro de mim, eu me senti como a lenda da águia, que após longo e dolorido processo de renovação coloca-se pronta para alçar vôo em busca de novas experiências.

Hoje estou mais feliz e renovada, conquistei novos amigos, com os quais me sinto perfeitamente afinada. Continuo firme, trabalhando pela minha transformação, e sei que isto acontecerá com qualquer ser humano: Cedo ou tarde seu crescimento moral e sua renovação íntima irão acontecer. A natureza é um exemplo disso, não dá pra ser lagarta a vida toda, um dia a gente vai se transformar numa linda borboleta.

São muitas as oportunidades de evolução que a vida nos oferece. Não perca tempo, comece hoje o seu trabalho de reforma íntima. Somente conquistando os valores da alma, deixaremos de rastejar como lagartas para ganhar o céu, voando livre como as borboletas.

Beijos, com amor,
Dilti


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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A lenda da águia


São diversos os povos que têm na águia toda uma simbologia. A lenda da águia é bem antiga, desde a idade média já haviam relatos parecidos com essa história.

A história começa assim:

“A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas para chegar a essa idade, quando ela atinge a metade da sua vida, precisa tomar uma séria e difícil decisão. Isso porque nessa idade, suas unhas estão compridas e flexíveis, já não conseguem mais agarrar as presas das quais se alimenta. O bico, alongado e pontiagudo, se curva em demasia. As asas, envelhecidas e pesadas, dificultam demais o ato de voar.

Nesse momento a águia só tem duas alternativas: deixar-se morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 longos dias. Caso ela escolha a segunda alternativa, deverá voar para o alto de uma montanha e recolher-se em um ninho, próximo a um penhasco, de onde, para retornar, necessite dar um firme e forte vôo.

Vencido esse primeiro desafio, a águia começa a bater com o bico numa rocha, até conseguir arrancá-lo por completo. Após esse grande e dolorido sacrifício, ela espera pacientemente até que seu bico cresça novamente para então, com ele, arrancar todas as suas velhas unhas. Quando as unhas começam a nascer, a águia continua seu processo de renovação arrancando todas as velhas e pesadas penas.

Passado cinco meses, “renascida” e vitoriosa, ela sai para realizar o tão sonhado vôo de renovação, pronta para viver, então, a segunda parte de sua existência.”

A Liberdade é uma conquista, o sucesso é um prêmio, e a renovação é o único caminho para alcançarmos nossos objetivos.
(desconheço a autoria do texto)


Esta lenda demonstra que em nossas vidas, muitas vezes, também temos que passar por um difícil processo de renovação. As difíceis escolhas que precisamos fazer ao longo de nossas vidas, irão determinar a grandeza dos nossos rumos.

Destrua, pois, seus ressentimentos, seus medos, suas mágoas, seus vícios e seus maus pensamentos. Prepare-se para alçar vôo rumo a uma vida nova e, certamente, muito mais feliz.

Beijos,
Dilti


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